Sadio Mané é um homem diferente. Ainda, agora, chegado a Munique, já se sente com se nunca tivesse saído da capital da Baviera.
Como a fotografia demonstra, bastará ver como até em chefe de claque já se tornou.
Formado na Génération Foot no Senegal, rumaria em 2011 a França, para jogar no Metz. Estrear-se-ia no ano seguinte, para, quase de imediato, rumar à Áustria, ao Red Bull Salzburg, onde se tornou uma lenda. Com efeito, no clube patrocinado pela marca de bebidas energéticas foi capaz de apontar 45 golos em 87 jogos, que lhe haveriam de abrir as portas de Inglaterra pelo Southampton. Brilharia tanto, que chegaria ao Liverpool, não sem antes ficar na história da competição: é da sua autoria o hat-trick mais rápido da competição, tendo-o conseguido em 2 minutos e 56 segundos. Estávamos em 2016 e os Reds aceitavam pagar 41 milhões de euros por um atleta especial…dentro e fora dos relvados!
Atentemos em quem é Mané, fora dos relvados:
- Envia mensalmente 70 euros a cada uma das famílias que vivem no bairro onde nasceu, por não querer esquecer quem o ajudou até se tornar jogador de futebol;
- Transformou a aldeia de Bambali de 2000 habitantes numa cidade. Gastou 500 mil euros na construção de um hospital e 300 mil numa escola;
- Ofereceu computadores e telemóveis a todos os meninos da escola do local onde nasceu. Colocou tecnologia 4G para que pudessem estar ligados ao mundo;
- Construiu centros com inúmeros serviços para ajudar todas as pessoas aldeias da sua zona naquilo que necessitarem.
Refira-se que o pai de Sadio faleceu quando este tinha sete anos, por falta de cuidados hospitalares. Essa experiência haveria de marcar para sempre o seu modo de ver o mundo.
Haverá alguma dúvida que é alguém que vê o mundo pelos olhos dos outros?