Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Tiremos o Chapéu a… Adán!

Não será tanto pelo facto de ter feito, provavelmente, uma das melhores exibições da sua carreira na presente noite, no Emirates.

Mas Adán merecerá o nosso aplauso…

Acima de tudo, pelo facto de até, há bem pouco tempo, ter-lhe sido dada a carreira como finda. Por terem-no crucificado, esquecendo o que fizera. Dando-o por acabado de modo precipitado, sem cuidar de fazer uma introspecção sobre o valor das suas carreiras, optando antes por apontar o dedo a quem fazia o que melhor podia e conseguia…com a certeza que todos terão dias maus.

Hoje, esses que até há bem pouco tempo, falavam de modo descuidado e desbargado, serão, como tantas vezes, uma ode à hipocrisia. Esqueceram o que dizia há poucos dias e tornam o guarda-redes espanhol herói. Incapazes de relembrarem que anteciparam-lhe o fim da carreira, como se dias infelizes obrigassem alguém a reformar-se.

Sabemos que o posto de guarda-redes é o mais ingrato do futebol. Um mero erro poderá ser a morte do artista. Que os falhanços de um avançado serão sempre menos lembrados que os dos guarda-redes. Até, por isso, a incompreensão e os juizos apressados com que alguns eruditos de painel diário os votam são próprios de quem procura a erudição de taberna.

Entretamos, aplaudamos António Adán…não só pela sua exibição de hoje, mas, por demonstrar, que mesmo que publicamente arruinem uma carreira, é sempre possível experimentar uma segunda oportunidade… e comprovar a hipocrisia dos algozes que tentaram tal feito!