O futebol está em constante evolução, o pensamento leva à experiência e à realização de novos testes.
Geralmente, torneios de grande magnitude, como são o caso dos mundiais, são os palcos nos quais, se testa a evolução do jogo.
Tem estado em debate, o tempo útil de um jogo, ou seja, todo o tempo de jogo em “atividade”, excluindo as pausas que se operam durante o mesmo.
Pretende-se, que o jogo tenha mais qualidade, seja mais ativo, tenha menos tempo parado. Nesta linha, observando o Mundial do Qatar, as diretrizes dadas pela FIFA ao corpo de arbitragem, de prolongarem o tempo de compensação, será o embrião para uma nova forma de aumentar o tempo útil?
Nos 4 jogos do dia de ontem houve 57 minutos de tempo de compensação, sendo que 14 foram na primeira parte do Inglaterra x Irão, devido à assistência prestada a um jogador, devido a uma possível contusão cerebral.
Excetuando essa situação, o tempo mínimo de compensação dado foi de 10 minutos,. Ora, será este o início para a alteração dos parâmetros de controlar o tempo?
E ao nível do planeamento do treino, será necessário que os treinadores façam alterações?
Preparar um jogo de 90´+3’ será igual a um de 90’+ 10 minutos?
A profundidade destas interrogações, penso que não se prende tanto com o conteúdo, mas sim com a forma.
O jogo deve ser mais atrativo, mais apelativo de modo a chamar mais adeptos à grande sala de céu aberto.
Seguindo este princípio, aumentar o conteúdo, digo a quantidade de minutos, não me parece o trilho a seguir, melhorar a qualidade e a forma como o jogo é conduzido sim.
Contudo, e como em tudo, é imperial experimentar, analisar e verificar, se surte efeito na melhoria da qualidade do jogo, e nada melhor do que o laboratório do mundial para tirarmos as nossas conclusões.
Rui Mota