Comecemos por fazer uma metáfora o futebol. Ora, se neste, nos queixamos do papel do VAR como auxílio às arbitragens, na Fórmula 1 as gaffes cometidas pela FIA vão sendo cada vez mais demonstrativas que não existirá um modus operandi nem um protocolo de atribuição de penalidades, que no fundo foi a grande polémica, em nova corrida dominada tranquilamente (uma vez mais!) pelos Red Bull.
A nossa indignação deve-se à penalização, que afinal não o foi, a Fernando Alonso. Na verdade, esta foi confirmada 36 voltas depois de ter sucedido, quando o espanhol já se encontrava na cerimónia protocolar para festejar o seu terceiro posto (o centésimo da sua carreira). Nesse momento, perderia essa posição para George Russell que recebeu, inclusivamente o troféu desse lugar, para, posteriormente, a FIA retroceder na decisão, devolvendo-lhe a posição. O piloto espanhol, talvez merecesse atingir os cem pódios, uma marca da grandiosidade incomparável da carreira do Braço Mágico de outro modo!
Tal momento leva-nos a questionar, para onde caminha a federação automóvel, supervisora dos Grandes Prémios?
O vencedor de uma corrida sem história foi Checo Perez numa corrida onde ficou mais uma vez provado a força e o potencial do RB19 e onde mereceu aplauso a recuperação de Verstappen, que após os problemas de transmissão que afectaram o seu bólido na Q2 de Sábado, obrigando-se a partir do 15º posto da tabela de partida, escalou tranquilamente até ao segundo lugar final, numa prova da superioridade do seu carro em relação aos demais. Refira-se que, para tal ser possível, também beneficiou de um momento infeliz da Ferrari que ordenou a Leclerc que parasse na volta anterior ao safety car ter entrado em pista… para além dos erros, a equipa italiana, também, parece ser constantemente abraçada pelo azar. Porém, este terá sempre o seu reverso, já que foi o que capitalizou uma posição a Sir Lewis Hamilton em detrimento do monegasco.
Acrescenta-se que, se tal não tivesse sucedido, a Ferrari poderia ter ido ao pódio, o que não sucedeu. Charles Leclerc, todavia, esteve incerto até ao aparecimento do safety car na corrida, resolvendo atribuir o resultado aquém das expectativas, ao acontecimento. Algo vai mal no seio da equipa de Maranello!
Deixemos agora um facto esclarecedor da superioridade dos Red Bull. Assim, em termos médios, foram cerca de 1,1 segundos mais rápidos que os Mercedes, os Aston Martin e os Ferrari por volta. Mais impressionante foram os cerca de 1,6 segundos a menos que o pelotão intermédio. Há dúvidas que inexistem concorrentes à sua altura?
A volta mais rápida da corrida ficou a cargo de Max Verstappen com o tempo de 1:31.906 o que lhe conferiu o ponto extra por ter terminado dentro dos 10 primeiros. Por isso, mas acima de tudo pela sua recuperação, foi eleito o piloto do dia.
Na classificação de pilotos, Max Verstappen lidera com um ponto de vantagem em relação a Perez fruto do ponto extra conquistado pela volta mais rápida na corrida de hoje.
Neste momento, já 13 pilotos chegaram aos pontos o que diz bem da competitividade no pelotão intermédio da F1.
Registo para a dupla de pilotos da Alpine que quedaram se pelo 8 e 9° lugar o que comprova o bom desempenho da equipa francesa.
No mundial de construtores, a Red Bull começa a cimentar a sua vantagem das demais concorrentes, tendo já mais do dobro dos pontos do que a equipa segunda classificada na tabela
A próxima corrida será no dia 2 de Abril no circuito Melbourne Grand Prix Circuit pelas 6 horas da manhã.