19 anos…
Uma força do outro mundo.
Carlos Alcaraz, o espanhol, que venceu esta madrugada o US Open, frente ao norueguês Casper Ruud, terá aberto um novo ciclo. O ciclo que deixou de contemplar Rafael Nadal, Roger Federer oi Novak Djokovic, ainda que Nole não tenha rumado a terras do Tio Sam por causa da sua declarada oposição a vacinar-se contra a covid19.
Porém, o espanhol, que quando aos 12 anos entrou na academia da antiga lenda do ténis espanhol, Juan Carlos Ferrero achou que “quando o vi pela primeira vez quando tinha 12 ou 13 anos. Ele veio para a academia, treinámos um dia, ele era muito pequeno mas podia-se ver a razão de todos falarem dele. Ele tinha tudo o que tinha agora, mas de uma forma pequena.“
Haveria de crescer, ganhar músculo e capacidade física. Por isso, chegaria muito rapidamente ao escalão profissional, batendo-se contra os mais velhos.
Passaria a ameaçar vencer todos os torneios em que entrava. Era o futuro do ténis, o seu mais recente prodígio.
Durante os últimos quinze dias em Nova York foi imenso. Capaz de se agarrar a todos os pontos com talento, mas, também, com tenacidade. Por isso, seria o tenista que mais teria de estar no court, mais precisamente 23 horas e 39 minutos (quase um dia completo!) lutando em cada jogo como se fosse o último.
Aliás, essa capacidade de sofrimento ter-lhe-á valido o triunfo no torneio. Como o seu treinador reconhece “pensei que depois do primeiro set ia-se soltar mas não o conseguiu. Senti-o cansado. Porém ao vencer o terceiro set, voltou a entrar nos trilhos e acabou por vencer a partida.”
Como prémio adicional, a subida ao número 1 do ranking ATP, sendo que esta final, para além da eternidade do título, garantia a subida a esse exclusivo patamar da modalidade. Alcaraz é o mais jovem de sempre a consegui-lo e pode ter aberto a sua dinastia… a dinastia de um menino franzino que a pulso poderá tornar-se num dos maiores do sempre!