Hoje, 7 de Dezembro, assinala-se o centenário de Rogério Lantres de Carvalho, o “Pipi”.
O Pipi foi um cavalheiro que, por acaso, calhou de jogar futebol. Figura incontornável de um tempo em que o amadorismo era uma evidência, o Pipi sobressaía pela elegância, dentro e fora do campo, e pelo faro pelo golo. O Benfica bem lhe poderia chamar abono de família, como fez com Eusébio, posteriormente.
Jogou no Brasil, no Botafogo de Heleno de Freitas, mas aguentou-se de forma parca, porque a esposa queria voltar a Portugal. Marcou em todas as finais de Taça de Portugal que disputou (6), sendo o recordista de golos nesses jogos em particular: 15.
Quando Otto Glória chegou a Portugal com ideias de profissionalismo, Pipi não esteve com meias medidas: trocou o Benfica pelo Oriental, continuando a conciliar a bola com a venda de automóveis. Rogério Lantres de Carvalho faleceu em 2019. É um dos símbolos maiores do futebol romântico.