Cada vez mais a Fórmula 1 tornar-se num desporto vez mais global, não só a nível de corridas, mas também, ou essencialmente, a nível de backoffice.
Façamos um exercício futurista, ainda que a curto prazo. Com efeito, ainda faltarão três anos para chegarmos a 2026, mas, entretanto, já se vai trabalhando na regulamentação das novas unidades motrizes disponíveis a partir dessa altura. A composição destas envolveu marcas automóveis com grande relevo mundial, como a Porsche ou a Audi. A título de curiosidade, refira-se que esta última que já entrou em acção na compra de acções do grupo Sauber-Alfa Romeo. Refira-se, por fim, que estes novos motores seguiram as preocupações ambientais que também fazem parte das preocupações comunitárias acerca da necessidade de se conter a poluição que vai atormentando o planeta.
Tal, também, procurará colmatar os efeitos causados pelo desejo de novas equipas ingressarem no grid, aventando-se que se possa chegar a 12 conjuntos, um pouco à imagem do que sucedia na década de 90 do século passado, quando atendendo ao enorme número de scuderias era necessária a disputa de um pré-qualificação que permitira que os vencedores disputassem a qualificação subsequente. Pedro Matos Chaves e Pedro Lamy, representantes portugues no Grande Circo nessas alturas, que o digam. Tal alargamento dá-se se devido à cada vez maior publicidade da modalidade, alicerçada em séries de promoção como a extraordinária “Drive To Survive”, ajudou a que a FIA facilitasse esse desejo, abrindo os procedimentos de entrada de novos conjuntos no paddock.
Mas, tal, também, poderá ser visto como uma forma de obtenção de lautas receitas. Com efeito, se a taxa de entrada no Grande Circo obriga ao pagamento de uma taxa de 200 milhões de dólares, os conjuntos já existentes pretendem que esse pagamento suba para 600 milhões, refreando, assim, os ímpetos dos novos candidatos e, caso consigam cumprir essa obrigação, exista um maior montante a ser distribuído. Quase nos leva a pensar que as equipas estão a querer tomar conta do negócio da modalidade!
Por essas razões, a FIA instituiu um dossier com um caderno de encargos que as equipas interessadas em entrar na F1 terão de responder para poder demonstrar que têm condições estruturais necessárias para serem sustentáveis quer a nível financeiro e ambiental.
Entre os conjuntos prontos a emergir, saltará à vista o nome da Andretti AutoSport, propriedade do antigo piloto norte-americano Mário Andretti, especulando-se que possa competir através de uma parceria com a Cadillac do grupo General Motors.
Aguardam- se novidades provenientes da FIA…