A temporada terminou em Abu Dhabi e com ela levamos memórias incríveis de duelos, ultrapassagens, de erros táticos, de trocas de pneus demoradas. Ficará para sempre na memória uma temporada interessante no que toca a espectáculo e claro a descoberta de um novo modelo de bólides que muita conversa fizeram ter os apaixonados da modalidade.
Quem poderá esquecer o bambolear dos carros que tanto preocupou as equipas até que surgiu a directiva 39 que pôs em ordem este conceito de carro preconizado pela FIA?
Este final de época marca também várias saídas do grid, que vão de Ricciardo que será piloto de reserva da Red Bull no próximo com o objetivo de voltar a ser piloto titular em 2024. Mick Schumacher sairá da Haas, sem futuro definido ainda. Nicholas Latifi sai da categoria pela mesma porta que entrou, sem apresentar resultados dignos de registo.
A saída que mais nos marcará, contudo, será a de Sebastian Vettel. Lembramos um trajecto na Fórmula 1 iniciado em 2007, no GP dos EUA, quando substituiu Robert Kubica que havia tido um acidente. A primeira corrida trouxe logo um excelente 8°lugar, conquistando assim o primeiro ponto na F1.
Em 2008, ingressou na equipa Toro Rosso onde o momento mais marcante foi a 14 de setembro no GP de Itália em Monza, onde contra as expectativas conquistou a vitória. Feito que foi acompanhado pela multa da FIA por ter excedido os limites de velocidade nas boxes.
Em 2009, dá-se então o salto para a equipa Red Bull sendo companheiro de David Coulthard, conquistando o vice-campeonato, sendo o mais jovem a fazê-lo até então.
Os anos que se sucedem são de ouro, tendo nas temporadas de 2010, 2011, 2012, 2013 conquistado o título de campeão do mundo da modalidade.
Em 2014, durante o Grande Prêmio do Japão anunciou a saída da Red Bull antes do final do contrato que só aconteceria em 2015.
2015 marca o início da viagem pela Secuderia Ferrari, onde conquista logo à segunda etapa do campeonato em Sepang, a primeira vitória pelo equipa italiana levando à loucura os tifosi e fazendo pensar que os dias de glória estavam de regresso a equipa de Maranello. Conquistou também mais duas vitórias em 2015. Se em 2015 superou o número de vitórias de Ayrton Senna, em 2018 ultrapassou Alain Prost, chegando às 52 vitórias, sendo considerado o terceiro piloto com mais vitórias na F1.
Após anos decepcionantes na Ferrari, a 12 de Maio a equipa de Maranello através de um comunicado oficial, informa que o tetracampeão mundial não renovaria o seu contrato com a equipa, saindo no final de temporada de 2020.
Ainda em Setembro de 2020 é anunciado que Vettel, iria para a equipe Aston Martin a partir da temporada de 2021, para o lugar de Sérgio Perez que se tinha transferido para a Red Bull. Na sua primeira temporada na Aston Martin, foi no GP do Azerbaijão em Baku que conquistou o primeiro pódio para a equipa inglesa.
Vettel, que sempre esteve longe das redes sociais, a 28 de Julho de 2022 criouo seu Instagram… para anunciar a sua saída da Fórmula 1 no final da temporada de 2022.
Abu Dhabi foi o último capítulo na história de Vettel na modalidade, onde foi alvo de muitas homenagens por parte de fãs, das equipas, dos meios de comunicação social, num claro sinal da imagem positiva que o piloto a todos deixou!
Vettel durante a sua carreira disputou 300 Grandes Prêmios, obtendo 53 vitórias, com 122 idas ao pódio. Fez 57 pole positions, onde estabeleceu 38 voltas rápidas. Totalizou 3098 pontos ao longo da sua carreira.
Também foi vice-campeão nas temporadas de 2009, 2017 e 2018.
Na memória ficará a expressão DU BIST WELTMEISTER, expressão que nos faz lembrar as grandes vitórias coroadas com títulos.