Carlos Carvalhal abandonou o SC Braga no final da temporada passada.
Por querer encetar um novo ciclo e, simultaneamente, seduzido pelo desafio dos petrodólares.
O Al Wahda dos Emirados Árabes Unidos era o destino, para um treinador que, apesar das suas indiscutíveis qualidades, parecia querer apostar em garantir uma vertente financeira mais sólida.
Vertente essa, reforçada pelos sonhos de fazer um bom trabalho desportivo, alicerçados em nomes como o antigo defesa pacense, Maracás, o antigo benfiquista Pizzi, ou o internacional brasileiro Allan.
Contudo, o início de aventura não teria êxito. O primeiro triunfo, ainda que robusto, só chegaria à quarta jornada, num momento em que a contestação ao treinador português já atingira níveis inauditos.
Aliás, os decíbeis eram tão estridentes que não obstante o triunfo por quatro bolas a zero, a jogar fora, haveriam de valer ao treinador português.
Seria despedido, com o clube a já ter sucessor para ele, ainda que, imediatamente, a porta do Championship inglês se reabrisse para ele, provavelmente, através do Hull City.
Porém, o que leva uma equipa a destruir um projecto desportivo novo passados quatro jogos?
Como nessas quatro simples partidas, o treinador que era desejado passa a dispensável?
O futebol é uma actividade volátil, mas tanto?