E aí está! A tão ansiada primeira surpresa no Mundial aconteceu, a Arabia Saudita venceu a Argentina de Messi e companhia, causando a primeira grande sensação no torneio.
Neste primeiro jogo da Argentina, que os poderia fazer bater o recorde de invencibilidade da sua história, a alviceleste caiu com estrondo aos pés dos Sauditas.
Hervé Renard, selecionador da Arábia Saudita, ousou estrategicamente e a felicidade sorriu-lhe. Refira-se que já tinha feito história pela Zâmbia na Can2012, e mais recentemente quando treinava a seleção de Marrocos, tendo defrontado Portugal e perdido pela margem mínima num golo de bola parada da nossa seleção.
Renard apresentou um bloco muito compacto, as suas linhas espaçavam uns meros 25metros, retirou todo e qualquer espaço para jogo interior aos argentinos, acrescentou na sua fórmula (que viria a ser magica), uma defesa sempre muito subida, que jogava com precisão milimétrica a subir para colocar os avançados argentinos em fora de jogo, o que resultou nos 3 golos anulados pelo Var, e bem, à seleção Argentina.
Esta estratégia ousada visava o resultado considerado menos provável que se verificou no final, sendo obra de um selecionador saudita que arriscou tudo para vencer.
Em abono da verdade, se os defesas sauditas, não tivessem sido milimétricos e tão bem sucedidos como foram, o reverso da medalha poderia ter dado em goleada para a Argentina, ao intervalo. Tal dever-se-ia ao golo de grande penalidade Messi, sendo que se a vantagem fosse mais dilatada, aceitava-se com naturalidade face às diversas oportunidades criadas, quase que somente pelos argentinos.
Tal não sucedeu, e ao início da segunda parte, em apenas 5 minutos, a reviravolta no marcador, para surpresa mundial consumou-se, Al-Dawsari o “Messi” saudita, foi a extensão da obra de encantamento do seu selecionador, provocando o desfecho improvável.
Salman bin Abdulaziz Al Saud, Rei da Arabia Saudita, decretou feriado nacional, para que esta bonita historia do seu futebol, pudesse ser devidamente comemorada, e o resto, bem o resto, é o que nos faz ser apaixonados pelo futebol.
Rui Mota