“Há uma história por trás, há o Março de 1998, quando Vizela foi elevada a concelho. Há uma história que liga estes dois povos. Queremos ajudar os adeptos a ter uma felicidade e para isso necessitamos de ganhar, por tudo o que foi a história da ascensão de Vizela a concelho. Temos também essa vontade pelo nosso trabalho diário, pela nossa ambição, pela nossa classificação, para ganhar distância para outros. Rivalidade faz parte da história”
Estas foram as palavras de Manuel Tulipa, na antevisão da partida que oporá o Vizela ao Vitória SC.
Na antecâmara da sua estreia como treinador principal dos vizelenses prestou um péssimo serviço ao futebol. Ao desempenhar guerras antigas, nas quais não foi interveniente e só deve ter tido conhecimento pelo “testemunho de ouvir dizer” incendiou um desafio que poderia ser uma festa entre duas massas adeptas das mais apaixonadas de Portugal. Duas massas adeptas que acompanham as suas cores por todos os estádios de Portugal, sempre procurando incentivar os seus ídolos com aplausos, cânticos e paixão!
Paixão que é a essência do futebol! Futebol que é desporto! Ora, no futebol, segundo a FIFA, qualquer agente desportivo encontra-se proibido de fazer alguma referência política, devendo, ao invés, incentivar a paz, a concórdia e o desportivismo entre oponentes.
Ora, Tulipa fez tudo ao contrário disso! Repescou um ódio que a maior parte dos vimaranenses e dos vizelenses não sentem! Dividiu duas cidades que, apesar de separadas, ainda mantêm muitos pontos em comum! Regou com gasolina um ódio que não pode acontecer atendendo aos habitantes numa cidade que trabalham, têm amigos ou passa momentos de ócio em outra.
Tulipa, ainda, não se estreou ao serviço da equipa principal do clube… mas já terá sido mais irresponsável do que Álvaro Pacheco foi em três anos. Até nisso, o Vizela parece ter apontado um atroz autogolo, quase apetecendo dizer que se Tulipa fosse treinador do Irão, no recente Campeonato do Mundo, aquando do desafio com os Estados Unidos o mundo teria de estar em sobressalto: é que, com tamanha irresponsabilidade no discurso, poderia desencadear a terceira guerra mundial!