Não queremos discutir se foi grande penalidade.
Até duas, segundo a publicação…
Ao contrário do que referem outras publicações, que aludem ao facto de não ter acontecido alguma situação irregular no lance.
Queremos ressaltar outro facto. Para este jornal, o Chaves não ganhou, não teve mérito, não correu incessantemente 90 minutos. O Benfica perdeu. E perdeu, porque foi prejudicado pelo árbitro, não porque o adversário foi melhor.
São estes os deveres de deontologia de um jornal que já foi a referência, o pináculo do jornalismo português. Onde muitos aprenderam a soletrar e ler. Uma deontologia de protecção aos do sistema, ao invés de honrar a arte de bem informar.
Curiosamente no mesmo jornal, não vimos lamentações quando o juiz não apontou a grande penalidade que daria o empate ao Paços de Ferreira na Luz. Também não nos lembramos de fotografias instantâneas quando André André ou Safira foram rasteirados no desafio contra o Vitória SC, e cujos erros arbitrais impediram os encarnados de saírem derrotado. Ou, ainda, a grande penalidade cometida por Alexander Bah frente ao Rio Ave e cuja não marcação impediu os vilacondenses de, pelo menos, empatarem. Não nos lembramos de fotografias a toda a capa. Não nos lembramos de destaques dados ao erudito da arbitragem, Duarte Gomes, o homem que foi capaz de marcar três penaltys a favor do Benfica na Luz. Não nos lembramos de terem escrito que a verdade do factos e a desportiva houvera sido adulterada.
Lembramo-nos assim de justificações bacocas para os lances. De continuar-se a adular algo que só o jornalista via. De continuar-se a ressaltar as qualidades da equipa de sempre, independentemente do que todo haviam visto, passando um atestado de estupidez a quem se depara com o jornal.
Para se ter compaixão por “esta” Bola só mesmo sendo muito bonzinho…
Por isso, ousamos deixar a manchete e o lead que deveria ter existido, caso a deontologia citada existisse: “PARABÉNS A UM GRANDE CHAVES. Os Flavienses correram 90 minutos para serem superiores ao Benfica.!