16 pontos em 18 possíveis na segunda volta do campeonato!
Um discurso ponderado, correcto e honesto, sem se colocar em bicos de pés, ou tendente a entrar em questiúnculas com adversários.
Uma equipa formada por jovens jogadores com passado na equipa B, sendo que já utilizou, uns mais do que outros, treze jogadores com passado na equipa secundária do clube.
Esses serão os predicados mais qualificativos do trabalho de Moreno, o treinador vitoriano que foi apanhado, quase de surpresa, com o súbito despedimento de Pepa ainda antes do início do campeonato. Olhado com desconfiança por só ter trabalhado nos escalões inferiores do clube, sem ter o quarto nível de treinador (numa daquelas aberrações legislativas que também já atingiu Rúben Amorim), olharia para as dificuldades que surgiam sob a forma de convite, como uma oportunidade.
Não desiludiria… sem tempo para preparar a equipa à sua imagem, sem as condições que outrora o clube já teve, arrancou logo para a Europa do futebol.
Com, apenas, uma derrota em Split seria eliminado da Liga das Conferências. Pior do que isso, teria de enfrentar o cepticismo que a sua inexperiência suscitou. Em silêncio, permaneceria no rumo gizado, somando pontos. Mesmo quando o Vitória SC entrou na pior fase da temporada com oito jogos consecutivos sem vencer, saberia manter o rumo e o foco em nada os alterando, conseguindo o que muitos técnicos (bem mais rodados) são incapazes: inverter a espirar negativa, voltar a vencer e sacudir as vozes cada vez mais persistentes da sua hipotética partida.
Hoje, o treinador está cimentado no seu posto, naquilo em que se pode dizer que um treinador tem a posição cimentada. Com a certeza de ter merecido a confiança com que foi tributado, é das boas revelações da temporada. É que uma temporada não se escreve, apenas, a falar dos representantes dos emblemas mais titulados… e o treinador vimaranense, aconteça o que acontecer, será um dos grandes protagonistas da presente época!