Ricardo Soares foi hoje demitido de treinador do Al Ahly, o maior clube egípcio.
O treinador chegou ao Cairo há dois meses para orientar uma equipa que procurava obstar ao domínio do Zamalek, orientado por Jesualdo Ferreira, e que haveria de sagrar-se campeão do país.
Nesse período dirigiu a equipa por quinze vezes, tendo vencido oito partidas, conseguindo segurar o segundo posto.
Porém, nada disso bastaria.
A mudança de direcção faria findar um projecto que o próprio achava estar no início.
Faz-nos reflectir.
O técnico, no final da temporada, era o “treinador da moda” do futebol português. Um homem que colocou o Gil Vicente a jogar bom futebol, desinibido e com olhos postos na baliza adversária. Um trabalho de autor que colocou os holofotes sobre si.
Por essa razão arriscaria. Só que a ilusão durou dois meses.
Terá valido a pena?
Ou, por vezes, o risco não compensa?