3300 pessoas num estádio.
2500 do clube visitante…já de si uma anormalidade num campeonato que se diz equitativo e equilibrado.
Porém, o futebol português, por muito que nos custe, é acompanhado por quatro ou cinco falanges de adeptos.
Porém, compreende-se o afastamento de muitos adeptos.
Desde logo, por preferirem apoiar clubes a centenas de quilómetros de distância.
Mas, também, não se reverem em atitudes como a perpetrada por Iago Cariello, jogador do Portimonense, no momento em que do auge da celebração de um golo, depois de ter pegado na bandeirola de canto, simulou metralhar a bancada dos adeptos do Vitória SC, os tais 2500 que permitiram que o brasileiro jogasse, pela primeira vez, na sua carreira para público que se visse.
A partir daqui entra a história dos brandos costumes.
Desde logo, a complacência do árbitro Ricardo Jorge Baixinho, que, por ser principiante no primeiro escalão terá olvidado que tratou-se de um comportamento anti-desportivo e por isso susceptível de admoestação.
Mas, também do seu auxiliar, que assistiu ao horrendo espectáculo do brasileiro correr com a bandeirola de canto, simulando assassinar homens, mulheres e crianças do clube adversário, e que não advertiu o seu chefe de equipa, já que este se tinha esquecido, da necessidade do mesmo ver uma cartolina.
Além disso, do clube do jogador. Num país, daqueles que invejamos o futebol, Iago já estaria suspenso e não viria com efabulações, logicamente sob o respaldo de quem lhe paga, construindo uma narrativa que leva à propagação de uma mentira, que para o desculpar pode causar prejuízos sérios a terceiros.
Por fim, a Liga de Clubes. Já se ouviu uma palavra dos responsáveis a condenar o sucedido? A lembrar que o futebol é um local de família e não um recinto onde se incentiva ao ódio e à violência, simulando homicídios em massa? Já se alvitrou que o jogador não deveria escapar a uma pesada sanção a bem da imagem que se quer para o desporto-rei profissional português?
Alguém duvida da nossa brandeza de princípios, macilentes e parcimoniosos por natureza?