Rúben Amorim entrou no Sporting, para além de como o treinador mais caro da história do futebol português, com carta branca para cortar a direito.
Fá-lo-ia com coragem e com autorização para arriscar. Lançaria jovens como Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Tiago Tomás (numa das gerações mais talentosas da história leonina) para, de modo surpreendente, ser campeão nacional.
Rúben tornar-se-ia num “special one”, capaz de transformar onde tocava em ouro. Capaz de confirmar os bons indícios de Braga, vencendo num clube que parecia incapaz de o fazer, sem rumo…
No ano seguinte, mesmo sem ser capaz de revalidar o ceptro nacional, demonstraria as suas capacidades. Assistimos a um Sporting competitivo, capaz de ultrapassar a primeira fase da Liga dos Campeões e lutar a nível nacional em todas as provas.
Porém, este ano tudo mudaria. Não servirá de única desculpa a perda de jogadores como Matheus Nunes. Não servirá de desculpa a incapacidade de reforçar a zona medular do terreno, onde o clube parece ter perdido a chama.
Rúben, ao contrário das temporadas anteriores, parece perdido e refém das suas convicções. Incapaz de gizar um plano B. Incapaz de encontrar soluções para ultrapassar o Marselha ou o Eintracht, mas, também, o Varzim. Incapaz de perceber o jogo, alterando as peças e controlando-o. E isso terá custos! O Sporting em Outubro está afastado dos objectivos da época.
Mas, a culpa será só dele?