Rúben Amorim operou um verdadeiro milagre no Sporting.
Na verdade, quem acreditaria que o treinador, com uma equipa totalmente esculpida por si, haveria de chegar a um título que muitos reputavam de improvável?
Esse facto, aliado ao valor da sua aquisição e até pela sua postura, fizeram com que muitos olhassem para Rúben quase como um Midas…capaz de onde tocasse, transformar em ouro!
Porém, estes dois jogos perante o Marselha, entre mais alguns ocorridos no campeonato português, demonstram que Rúben, apesar de bom treinador, é humano.
Tem os seus momentos de teimosia, ao continuar a insistir em avançados móveis que, até poderá ser uma solução interessante para certos jogos em que a equipa tem de jogar em transições, mas deixou de ter uma referência na área em jogos em que o ponta de lança clássico faz falta.
Continua a insistir em jogadores como Ricardo Esgaio (em absoluta crise de confiança).
Parece não ter um plano B, quando a equipa se desvia da rota, seja por um facto inesperado (o momento infeliz de Adán), seja porque tem de jogar com 10 jogadores.
Pior do que isso, as suas declarações na conferência de imprensa, após a derrota de esta noite, em atribuir as críticas a Esgaio ao facto de ter vindo do SC Braga. Um erro inacreditável ao procurar arranjar uma rebuscada explicação para o descontentamento dos adeptos.
Rúben continuará a ser um jovem e muito promissor treinador. Tem um discurso, fora alguns falhanços como o supramencionado, honesto e desempoeirado. Porém, estes dois jogos demonstraram que tal como a equipa que orienta terá muito ainda que crescer…