Rafa é um bom jogador de futebol…
A acrescer a isso, o jogador viverá o período mais áureo da sua carreira. No Benfica a jogar e a fazer jogar, como nunca se viu.
Porém, quase em simultâneo, o criativo atleta renunciou à selecção nacional. Fê-lo à falsa fé, depois de ter sido convocado por Fernando Santos para os jogos da Liga das Nações, sem dar justificações plausíveis e quase como querendo dar uma facada ao seleccionador, aos responsáveis federativos e até aos seus colegas.
É verdade que o jogador raramente era utilizado pelo treinador. Também não será mentira que, até à imagem do que vai sucedendo com outros jogadores, Fernando Santos parecia ser incapaz de tirar o melhor dele. Mas dar-lhe-ia isso legitimidade para desertar da Equipa de Todos Nós, como o fez?
Tal torna esta campanha pública para o seu regresso quase anedótica. Numa posição onde Portugal está bem servido, onde tem jovens talentos a estourar, as manifestações públicas do regresso de alguém que nunca foi imprescindível e que à primeira oportunidade abandonou o barco são apenas sinais de pequenez.
Rafa não é Luís Figo que, depois de muito ter dado às Quinas, resolveu parar para depois voltar. Rafa nem sequer foi figura de proa em qualquer das últimas competições. Porém, apesar de ter outros à sua frente, o seu ego impediu-o de ver o óbvio: uma equipa é feita de todos e não de prime donne amuadas por não jogar e incapazes de perceberem que há colegas à sua frente!
Por isso, este assunto quase nacional, com jornalistas (que pouco percebem de futebol) a dizer que Rafa é dos melhores do mundo, ou o pedido a roçar a choradeira do Paulinho de Madrid só os poderemos classificar de uma maneira: a prova da pequenez de um povo, incapaz de reconhecer quem está sem presente e sem pronto a criar um D. Sebastião por mais desnecessário que ele seja…