Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, parece (finalmente!) ter acordado para o preço dos bilhetes que se vai praticando em Portugal.
Com um tecto máximo de 75 euros mais IVA, foi promessa do presidente do órgão que regula o futebol profissional em Portugal apresentar uma proposta para que os ingressos sejam reduzidos para um tecto máximo de metade; ou seja 37,50 euros, e, apenas, a estádios de nível 1 e em ocasiões excepcionais.Pretende, ainda, que esta proposta seja aprovada o mais rapidamente possível, para passar a ser executada já na temporada de 2023/24.
Apesar de se aplaudir a preocupação, apetece perguntar o que foi feito até agora?
Na verdade, trata-se de um problema que temos vindo a aludir desde sempre. Os preços proibitivos para assistirmos a um jogo de futebol tornam o jogo num desporto de elites, arredio às famílias e ao povo, no fundo quem tornou a modalidade popular.
Aja-se rapidamente e não por populismos. Com efeito, ainda esta semana, denunciávamos os preços praticados pelo Desportivo de Chaves no desafio inaugural da Liga que irá disputar frente ao Vitória SC. Porém, trata-se de um problema que tem anos. Um problema que nos fez, durante muito tempo, olhar com admiração para as entidades reguladoras do futebol na Alemanha ou na Inglaterra, pelo respeito que nutriam pelos adeptos e pelo gosto que tinham em publicitar um produto com bancadas cheias.
Para além dos estádios, defina-se o grau de atractividades dos jogos. Criem-se limites máximos, atendendo à especificidade de cada jogo, impedindo que numa partida entre duas equipas que se encontram a meio da tabela se pague quase como se estivesse a decidir a “Liga dos Campeões.”
Urge mudar e trabalhar…
Como o povo diz, “mais vale tarde do que nunca”, mas Proença vai muito tarde!