Jogar na selecção deverá ser o sonho de qualquer jogador.
Com efeito, representar o país onde nasceu deverá ser o apogeu de qualquer carreira, o máximo êxito desta.
Porém, haverá alguns atletas que não pensarão assim.
Hoje, o país foi sacudido pela recusa de um jovem jogador, ainda pertencente ao escalão sub-21, que, por SMS ( certamente, sinais dos tempos em que vivemos, que tudo se resolve assim, num claro problema de (de)formação de carácter) apresentou a sua renúncia à selecção portuguesa.
Falamos de Fábio Carvalho, estrela emergente do Liverpool e a quem Klopp tem dado palco para se afirmar.
Fábio nasceu em Lisboa e rumou menino a Londres. Aí começaria a jogar futebol, faria as suas amizades, certamente terá tido os primeiros amores. Terá perdido o sentimento lusitano que distingue os portugueses dos outros.
Por isso, representou a selecção inglesa em todos os escalões, só não o fazendo nos sub-21 pelo facto de aí já ser exigível a apresentação do passaporte do referido país, ao contrário dos demais escalões.
Tal levou a que o jogador, chamado por Rui Jorge, aceitasse vestir a camisola das Quinas. Uma escolha na altura surpreendente, pois, existem entrevistas de Carvalho a dizer que se sentia inglês e que queria jogar na equipa dos Três Leões, ainda para mais tendo sido capitão de equipas jovens do país.
Percebe-se, agora, a razão… Fábio não podendo actuar por quem realmente pretendia, usou a selecção nacional portuguesa como trampolim, para a descartar mal tivesse oportunidade e do modo mais impessoal possível. Como se com uma SMS apagasse o seu percurso ou a sua nacionalidade.
Mal terá estado a Federação a não tê-lo feito entrar um minuto que fosse num jogo da equipa A da selecção e vinculando-o definitivamente… mas, também, qual seria o sentido de ter um jogador que não sente o que é representar uma pátria com 900 anos? Os ingleses que o levem…