Será das contratações mais surpreendentes do presente defeso.
Andreas Samaris está de regresso a Portugal, pelas portas do Rio Ave.
Depois de sete temporadas no Benfica, o internacional helénico resolveu abraçar um novo desafio. Longe dos objectivos de título, longe do glamour dos grandes palcos, mas no país que ele fez seu.
Na verdade, o atleta helénico foi daqueles que facilmente se adaptou ao nosso país.
Aprendeu a nossa língua com inusitada facilidade.
Criou uma banda musical.
Ajudou diversas instituições de solidariedade, apadrinhando, inclusivamente, algumas.
Mais do que um atleta que esperou se adaptassem a ele, integrou-se, procurando perceber e conhecer onde vivia. Numa altura em que os jogadores de futebol são mantidos numa verdadeira bolha, uma redoma que os impede de estar junto de quem os admira e os idolatra, o grego conseguiu evadir-se. Para além das suas qualidades futebolísticas, conseguiu evidenciar as suas qualidades humanas.
E, alguém tem dúvidas, que com 33 anos carregados de experiência, será muito útil a um Rio Ave que, aos poucos, vai compondo a equipa de modo muito interessante, tendo já ontem feito soçobrar o FC Porto, actual campeão nacional?
Na verdade, ao contrário de em outros países, no nosso criou-se o estigma de que o talento de qualquer jogador parece esvair-se a partir dos 30 anos. Um erro crasso que Samaris, numa equipa em evolução, poderá ajudar a esbater…