Cristiano Ronaldo tem 37 anos.
Vinte anos de uma carreira que o catapultou aos píncaros da excelência, confirmada nas cinco Bolas de Ouro que venceu.
Provavelmente, durante muitos anos, o melhor do mundo… provavelmente, um dos melhores de sempre!
Porém, Cristiano nos últimos anos enredou-se numa teia inexplicável…algo que até chegar a Madrid parecia estar imune. Na verdade, desde 2018, altura em que declarou pretender abandonar o Real, CR7 terá cometido diversos equívocos…certamente, com o pensamento de ser maior do que os clubes e, por isso, poder levá-los, sozinho, à glória.
Não o conseguiria, contudo, em Turim, onde, apesar de alguns títulos, não conseguiria o mais desejado: a Liga dos Campeões.
Em Manchester, onde era comparado à divindade, apesar dos seus golos o distinguirem do actual marasmo mancuniano, perceberia que sozinho não poderia competir com as armadas do rival azul da cidade, ou da do Liverpool.
Por isso, este ano quis sair. Tudo fez para que tal sucedesse. Fruto da sua idade, do seu salário, da necessidade de adaptar uma equipa ao seu estilo de jogo, não houve quem pugnasse pela sua contratação. Nem o Bayern, nem o PSG, nem o Sporting, amor de uma vida.
Cristiano começaria a temporada em Old Trafford. Numa equipa demasiado esfrangalhada para a fase introdutória do campeonato. Segundo a imprensa, enfastidiado tem acumulado anticorpos entre os colegas e com o treinador que não cumprimentou após a debácle, de quatro golos sem resposta, ocorrida no passado Sábado em casa do Brentford.
Por isso, os responsáveis do United estarão a pensar rescindir o seu contrato. Deixá-lo partir, alegadamente, para proteger um bem maior chamado grupo. Ainda que tal lhe permita negociar de modo livre com qualquer clube, será um triste epílogo de uma história de amor que começou em 2004 com o clube inglês. No labirinto de Ronaldo, também, existem caminhos sem saída…