Apetece perguntar quem quer tramar Moreno?
Depois do seu clube, o Vitória SC, em Assembleia da Liga, ter votado positivamente a possibilidade dos treinadores Filipe Martins do Casa Pia e Luís Freire do Rio Ave, por frequentarem o curso de treinadores de nível IV, poderem usufruir desse estatuto no banco de suplentes, chegou o balde de água fria.
O treinador vitoriano por não ter subido de divisão à Primeira Liga e por ter assumido um clube no primeiro escalão, continuará a não poder ser considerado treinador principal da equipa.
E, aqui, ressalva-se a hipocrisia que é o futebol português.
Desde logo, por falarmos de uns dos treinadores revelação do futebol português da presente temporada, a par do bracarense Artur Jorge. Dois jovens provenientes das equipas B, com um discurso bem urdido e com capacidade de trabalho acima dos demais.
Porém, Moreno terá feito um pouco mais…para bem do futebol português! Foi da sua lavra que nomes como Célton Biai, Zé Carlos, André Amaro, Dani Silva e Tomás Handel deram passos decisivos na sua formação como jogadores. Em condições normais poderão estar estes cinco jogadores, que ajudou a crescer e a evoluir, a representar a equipa sub-21 de Todos Nós no campeonato europeu do escalão. Se Portugal for campeão europeu, como se espera, vão hipocritamente incensá-los, esquecendo que tiveram treinador e quem os fez tornar-se melhores e mais fortes?
Depois há a questão Rúben Amorim. Não subiu alguma equipa à I Liga. Mas, bastará na altura recordar que beneficiou da aplicação do artigo 82º do então regulamento de competições da Liga que dizia que “ bastará que o treinador principal esteja a frequentar o curso para obtenção do grau exigido, devidamente comprovado por declaração emitida pela FPF» para ser inscrito como treinador principal.” Ou será que na ânsia de fazerem um fato à medida para alguns, outros ficaram para trás…sem ninguém ter percebido e sem os senhores do futebol se terem lembrado que existia uma norma que o defendia?