Nesta fotografia vê-se um jovem apanha-bolas do Sporting, em lágrimas, pela sua equipa estar a ser derrotada em casa pelo Chaves.
Um momento de choque na inocência de uma criança!
Uma criança que, na sua pureza, habituou-se a ganhar.
A ver a sua equipa vencer… o que, certamente, o ajudou a definir as suas cores.
Mas… Se a imagem que correu o país focasse uma criança que não apoiava um dos três clubes mais titulados?
Daqueles que perdem mais do que o vencem?
Teria merecido tanto destaque?
Ou será que esse destaque, essas lágrimas legítimas, como quaisquer outras, surgiram por de um clube que vence mais do que perde?
E, aquelas crianças que choram, mas que continuam a amar um clube que perde mais vezes do que o ganha? Aquelas crianças, mesmo que sabendo que as suas cores jamais serão campeãs, ganharão títulos, jogarão sequer uma competição europeia, mas que continuam a vestir com orgulho a camisola do seu clube, a cantarem até a voz lhes doer, para apoiar os seus heróis na hora da derrota! Lágrimas que sentem prolongar-se no tempo.
Serão essas as lágrimas mais dolorosas, mesmo merecendo a tristeza deste jovem adepto ser afagada. Mas serão essas derrotas, de quem jamais se habituou a ganhar, que acicatará a eternidade do amor!