A primeira eliminatória de uma equipa portuguesa no presente exercício europeu assemelhou-se a um navio a circular em mares de Verão… longe das tradicionais marés vivas de Agosto.
O Vitória, ao beneficiar do robusto e saboroso triunfo por três bolas, obtido na semana passada no D.Afonso Henriques, deixou rolar o relógio, controlando o desafio, perante uma Puskas Akadémia voluntariosa, laboriosa, mas a anos-luz da qualidade da equipa vitoriana.
Moreno avisara que iriam existir momentos em que seria necessário sofrer. Na verdade, tal sucederia nos primeiros minutos e num ou noutro lance no remanescente da contenda. Fora esses momentos, mais casuais do que decorrentes do desenrolar do jogo, os vitorianos controlaram os momentos a seu bel-prazer, ainda se dando ao luxo de terem uma ou outra oportunidade que poderia ter permitido a Portugal obter mais pontos para os rankings uefeiros.
Porém, o objectivo principal seria assumido. Com Tiago Silva a comprovar o seu bom momento de forma, secundado pela segurança de Mumin e por alguns pormenores cinzelados a filigrana de Dani Silva, o Vitória cumpriu o principal objectivo de carimbar o passaporte para rumar à Croácia, onde medirá força com o Hajduk. Um desafio mais difícil, mas longe de ser inalcançável…