Lamentável, o sucedido com Ricardo Esgaio, jogador do Sporting.
O atleta, após ter sido julgado culpado no golo que haveria de valer o empate ao SC Braga, viu-se na contingência de ter de apagar as suas redes sociais, de modo a estancar os insultos que estava a sofrer. Insultos de quem queria condená-lo sumariamente, num modo primário de ver futebol, mas, acima de tudo, a vida.
Na verdade, Esgaio já o ano passado houvera sido crucificado, humilhado, maltratado, no jogo que a sua equipa perdera nos Açores, no terreno do Santa Clara. Dessa vez, com o beneplácito de alguma imprensa que, em letras garrafais e em primeira página, ajudou a que tal sucedesse.
Voltou a ocorrer ontem!
Como se quem o condena, fosse perfeito.
Como se um jogador de futebol fosse um autómato, imune a más decisões.
Como que vomita boçalidades nas redes sociais, fosse capaz de passar incólume a erros ou más decisões nos respectivos empregos.
No fundo, um absoluto lodo na democratização trazida pelas redes sociais. Condenar, humilhar, quem teve um dia menos feliz no seu trabalho só é próprio dos dignos “heróis do teclado” que não dão a cara… e nem sequer estavam no estádio, pois se estivessem não teriam tempo para “vomitar” alarvidades.