Com a fotografia que apresentamos, demonstramos como a Polícia de Segurança Pública está a preparar-se para a próxima Liga Nacional.
Como se de uma guerra se tratasse e os adeptos de futebol fossem verdadeiros foras da lei ou terroristas.
Desde apresentarem-se com shot-guns, a pastores alemães, a drones ou bastões tudo nos leva crer que não estarão preparados para ajudar a que um evento desportivo corra do modo mais tranquilo possível. Ao invés de gerarem confiança e tranquilidade em quem se depara com as imagens, causam medo, inquietação e dúvida: afinal, o desporto mais popular do país é uma guerra? Estão a preparar-se para uma guerra e nada disseram?
Pior do que isso, o sentido extraído pelos mais jovens das referidas fotografias. Ainda que sabendo que as entidades policiais são uma força de ordem – não ousamos dizer de paz, depois destas imagens – , será que estas fotografias servem para uma criança ir feliz a um estádio de futebol? Ou, pelo contrário, irá receosa da borrasca que, a qualquer momento, poderá ser desencadeada?
Queremos acreditar que a PSP equivocou-se. Queremos, também, crer que existirão milhentas imagens de agentes da autoridade a desempenhar um papel digno de aplauso de um estádio de futebol. Porém, nós que vamos aos estádios sabemos que esta apresentação de meios é desproporcional e parece ser uma tentativa de intimidação de quem faz com que o futebol exista: os adeptos.
Pedro Proença, o paladino teórico de um futebol de todos e para todos, já se indignou ou, pelo menos, fez um comunicado a defender quem ajuda a Liga a desenrolar-se?