Hoje, passados, 83 anos, o Casa Pia recebe um jogo do principal escalão do futebol português. Um jogo marcante e histórico.
Do outro lado estará o Benfica, uma equipa com enorme falange de adeptos e que, certamente, preencherão os lugares a si destinados; ou seja, estarão em maioria no recinto.
Pior do que isso, o facto do jogador realizar-se a mais de 100 quilómetros do Estádio Pina Manique, lendária e eterna casa dos Gansos, mais propriamente em Leiria.
A razão parece tirada de um filme non-sense. Com o recinto da equipa em obras, foi indicado o Estádio Nacional como casa secundária da equipa. Sucede, porém, que neste encontra-se a ser realizada uma intervenção no relvado, o que faz com que, também, não possa ser utilizado.
Ora, atendendo ao sucedido, o jogo teve de ser deslocalizado para Leiria, como se na área de Lisboa, a capital do país, não houvesse outro estádio capaz de receber o jogo. Como consequência, as bancadas estarão desprovidas de adeptos do histórico clube, permitindo ao adversário ainda ter uma maior superioridade do que a que já era expectável nas bancadas.
Uma situação que não é própria de um futebol que se quer evoluído. Uma situação que não é própria das declarações de Pedro Proença que parece ser seguidor de Frei Tomás, “olha para o que ele diz e não para o que faz”. Uma situação inexpectável na máxima liga de um país, supostamente, desenvolvido. No fundo, futebol à portuguesa…