N’A Economia do Golo já nos conhecem. Sabem que nos batemos, incessantemente, pela equidade no futebol português.
Ao contrário da maioria das publicações desportivas, procuramos dar voz a todos os clubes, em igualdade de oportunidades.
Por isso, hoje manifestamos a nossa indignação por duas publicações desportivas terem mostrado, declaradamente, ao que andam. Com efeito, não caberia na imaginação dos mais maquiavélicos editores de uma qualquer publicação – que não fosse portuguesa, diga-se – apagar ou cortar presidentes de clubes de uma fotografia, para só aparecer os que para quem tem responsabilidades editoriais considera interessantes. Ousaríamos dizer que tal só seria próprio dos países estalinistas, onde quem não interessa a quem manda tem de ser apagado da história.
Mas, foquemo-nos noutro ponto. No facto dos presidente, principalmente os apagados das fotografias, chamemos-lhes assim, aceitarem ir na onda dos fotografáveis e terem prejudicado os seus próprios clubes. Algo mais grave que a própria insídia jornalística.
Com efeito, será concebível que os presidentes presentes tenham aceite reduzir a Taça da Liga aos quatro primeiros classificados da época anterior? No fundo, estarão a decidir contra os interesses dos clubes e dos sócios que representam.
Com efeito, bastará analisar quais foram, sem alteração, desde a temporada 2017/18 os quatro primeiros classificados no final do campeonato. Sempre os mesmos, independentemente da ordem. Ou seja, quem aceitou esta tenebrosa proposta, apenas, esteve a legitimar que à disputa deste troféu – restrito – só poderão aceder, provavelmente, os três mais titulados e o SC Braga.
Mas, pior do que isso, é que os decisores ter-se-ão esquecido que a primeira edição da prova foi vencida pelo Vitória FC, que desde que a prova foi instituída jamais ficou nos quatro primeiros lugres da tabela, mas que foi capaz de voltar a ser finalista da prova em 2017/18. Esse feito foi repetido pelo Moreirense em 2016/17, sem que conste que alguma vez tenha ficado nos quatro postos da tabela, mas que no final four levou a melhor sobre dois que tinham acabado a temporada anterior nesses lugares: o Benfica e o SC Braga.
Contudo, para além destes, já tivemos finalistas como o Paços de Ferreira, o Gil Vicente, o Marítimo (por duas vezes) e o Rio Ave.
Ora, se assim é, como poderá a maioria dos presidentes da Liga cercearem as capacidades das suas próprias equipas em lutar por um troféu? O que os levou a votar a favor de tão inusitada proposta para uma prova que, apesar de ter sido criada como um fato à medida dos mais titulados, tem dado oportunidades a outras equipas, como já demonstramos, de disputarem um jogo decisivo.
Mas, quando os interessados parecem não querer fazer bem ao futebol, defendendo-o, o que haveremos nós de fazer?