O Marítimo vinha em fase ascendente na pretérita temporada.
Vasco Seabra houvera realizado um trabalho positivo, resgatado os insulares das catacumbas da tabela, dando-lhes uma entidade, pese embora um ou outro percalço.
Era de acreditar que os verde-rubros pudessem aproximar-se dos lugares europeus, ou, pelo menos, continuarem um percurso estável, até pelo entusiasmo que a eleição para presidente do velho mas rejuvenescido líder, Rui Fontes gerou.
Contudo, tudo parece estar a sair ao contrário.
As contratações maritimistas ainda não se afirmaram e o início da Liga, frente ao campeão nacional, FC Porto, foi um autêntico pau de dois bicos. Com efeito, apesar da goleada sofrida, dos muitos erros individuais, de uma equipa que acabou a ruir pela base, a verdade é, durante alguns minutos, o jogo até pareceu possível de ser equilibrado.
O pior viria depois… Derrota caseira frente ao recém promovido Desportivo de Chaves, goleada em Braga e, hoje, mais uma derrota caseira perante o Portimonense. Como consequência, a equipa ainda não pontuou nos quatro desafios disputados, tendo apontado dois golos… e sofrido treze, sendo por isso a pior defesa da Liga.
Um cenário preocupante, que já fez o presidente admitir que irá ” tomar medidas drásticas, tomando conta da SAD quer eles queiram, quer não queiram.” Refere-se aos administradores da sociedade desportiva, acusando-os de serem ” pessoas que julgam que têm toda a sabedoria e que não ouvem mais ninguém a não ser um cotado empresário madeirense.”
Entretanto, hoje, perante o Portimonense no outrora Caldeirão, a equipa somou a quarta derrota consecutiva na Liga. Por isso, Seabra foi despedido pelo público com lenços brancos, sendo o elo mais fácil de contestar no presente momento.
E, agora, Marítimo, o que sucederá?