N’A Economia do Golo, desde sempre, temos pugnado pela igualdade e pela transparência.
Igualdade entre todos os clubes, transparência nas sanções e confiança nos entes decisórios do futebol português.
Infelizmente, cada vez mais, achamos ser uma batalha perdida. Uma batalha que comprova que a justiça desportiva nacional é tudo menos cega…ainda, que, por vezes, feche os olhos para não vislumbrar os factos ilícitos que deveria punir.
Porém, para azar da mesma, o Big Brother que perscruta todo o sucedido no futebol não falha.
Foi, sensivelmente, há um ano. O jogador Maga, do Vitória SC, eufórico, após a sua equipa ter vencido o SC Braga, num emocionante derby do Minho, foi fotografado, no final da partida, a erguer o dedo do meio para os adeptos contrários. Imediatamente surgiram fotografias do sucedido destinadas a instruir um processo disciplinar que seria concluído com dois jogos de suspensão para o lateral da equipa vimaranense.
Passou, entretanto, um ano.
No mesmo desafio, voltaria a suceder um acto semelhante, perpetrado pelo atleta líbio dos bracarenses, Al Musrati. Tal como, na altura, apareceram fotografias a comprovar a atitude do jogador. Porém, ao contrário do ocorrido da outra vez, não existiu a preocupação de instruir um processo sumário para apurar o sucedido. Apenas passados dois meses e, após muita insistência, foi aberto um processo… que, soube-se agora, foi arquivado! Com o mesmo manancial probatório do processo anterior, aos quais acresciam vídeos.
Ficamos, pois, a saber que a jurisprudência do futebol português é a inexistência da mesma, baseando-se no argumento que legitimam sentenças ineptas e mal fundamentadas: a falta de provas.
Mais um dia no escritório do futebol português…onde a coerência nas decisões é uma quimera!