Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

De Loucos…

O último jogo do dia de hoje da Primeira Liga conduziu-nos a mais uma surpresa.

Um Rio Ave eficaz, cínico, sempre disposto a aproveitar todas as oportunidades, fez uma primeira parte para jamais esquecer. Três oportunidades, três golos, numa ode ao pragmatismo, deixando romantismos para outras núpcias.

Neste período, houve um homem que se destacou. Yakubu Aziz, que parecia estar a passar ao lado de uma promissora carreira por causa das lesões, deixou a sua marca com dois golos e uma assistência. 45 minutos inesquecíveis para o jovem ganês, capaz de massacrar Pepe e Marcano, aterrorizando-os com desmarcações felinas, com movimentações de goleador na área e frieza na hora da verdade.

Aliás, tais quarenta e cinco minutos, levariam Sérgio Conceição, na conferência de imprensa a assumir que ” Hoje na primeira parte faltou tudo, não podemos ter intenção de pressionar na frente e ser uma equipa que quer condicionar ao máximo a dinâmica do adversário e depois não somos uma coisa nem outra. Temos uma falta na primeira parte. O terceiro golo nasce numa segunda bola perdida. Estivemos muito distantes na atitude [que queremos] no jogo. Em termos estratégicos cabe-me a mim, sou eu o culpado, sou eu o treinador, assumo completamente a responsabilidade.

A segunda metade seria diferente. Os azuis e brancos arriscariam tudo. Carregariam no acelerador para disporem de um grande penalidade nos primórdios da etapa complementar. Contudo, Taremi acertaria na barra, para permitir que a boa organização vilacondense não ruísse, se mantivesse intacta.

Por isso, Sérgio Conceição findaria o jogo em 3-2-1-4 com extremos abertos e com o estreante André Franco nas costas do quarteto composto por Gabriel Véron, Toni Martinez, Dany Loader e Galeno. Seria o espanhol a reduzir distâncias no início da entrada para o período de compensação, abrindo 8 minutos frenéticos com os portistas a desperdiçarem oportunidades para encurtarem, ainda, mais distâncias.

Depois do belo triunfo do Chaves em Alvalade, seguiu-se um extraordinário momento do Rio Ave. O campeonato está imprevisível, de loucos, o que dá-lhe uma acrescida beleza…