Falemos de populismo!
Do aproveitamento atroz de uma situação que ocorreu em Famalicão, no desafio que opôs a equipa da casa ao Benfica.
Independentemente de ninguém ter o direito de mandar quem quer que seja tirar uma peça de roupa, importará referir esta situação é de um atroz aproveitamento… de um inaceitável populismo como tantas vezes já sucedeu com os responsáveis pelo futebol português e com os responsáveis governamentais do nosso país.
Aliás, este governo só se lembra do futebol e das suas situações quando prevê que pode agradar às massas. Já assim foi em outras ocasiões, deixando passar outras em claro, com o velho chavão “à política o que é da política.”
Gostaríamos mesmo de saber que sucederia se o menino tivesse a camisola de outro qualquer clube? Teria tido a publicidade que a imprensa lhe deu? Mereceria ser notícia em todos os jornais?
Será que Pedro Proença azafamava-se a produzir comunicados? O Governo quereria saber?
Aliás, seria interessante saber se tal foi a primeira vez que sucedeu…
Ou melhor, o que os responsáveis do Maccabi Haifa relataram de revistas, inclusivamente às partes genitais dos adeptos, à entrada do estádio da Luz é, apenas, apanágio nos jogos europeus ou, também, é feita nos jogos da Liga Nacional? Ou será que tal não é uma inadmissível intromissão à intimidade dos adeptos e uma forma atroz de os violentar?
Além disso, poderemos dar outro exemplo. Alguém viu semelhante preocupação quando os hoolingans croatas entraram por uma cidade adentro, destruindo-a? Alguém ouviu um clamor de indignação?
E tantos outros exemplos poderiam ser dados!
Além do mais, diga-se que qualquer pai de bom senso não levaria o filho para uma bancada de adeptos contrários com a camisola do outro clube. Para além do direito de defender as suas cores, também deveria ensinar-lhe o valor pelo respeito…