A selecção portuguesa, desde há muito tempo, ficou convencionado chamar-se Selecção de Todos Nós.
Independentemente de cores, clubes ou credos.
Ontem, no momento em que Fernando Santos anunciava os convocados, tal pareceu desvanecer-se.
Com efeito, fruto de uma campanha incessante de pressão para a escolha de alguns nomes, o seleccionador nacional cedeu.
Cedeu aos inúmeros programas televisivos com comentadores afectos a certos e determinados clubes…os baptizados de paineleiros.
Cedeu a artigos de opinião parciais e tendenciosos, capazes de transformar tinto carrascão na melhor colheita do Dão..
Cedeu à pressão de lobbies…
Por essa razão, a escolha de certos e determinados nomes.
Todavia, o filme não findou aí…
Hoje, um jornal, o desportivo mais antigo em circulação em Portuga, tira todas as dúvidas.
Em clima de climax, passe a redundância, com os dois jogadores que tentou a ombros levar ao Mundial vestidos com a camisola do clube em que actuam (talvez, para relembrar de onde partem) faz, assim, a manchete: “Eles Vão!”
Como se fossem sozinhos e não fossem 26 jogadores portugueses em igualdade de circunstâncias.
Como esses dois atletas fossem a pedra de toque e as estrelas maiores de uma selecção plena de jogadores a actuar nos maiores clubes europeus.
Mas, no fundo o “eles vão”, quereria dizer “Conseguimos”!
E se Rafa tivesse piscado o olho a Santos também estaria na fotografia… no lugar de um colega que jamais terá virado as costas a Fernando Santos, à selecção e ao país! Mas isso nada vale para os interesses instalados!