Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Working Class Heros…

Há qualquer coisa de poético neste Palmeiras…

Uma poesia de labor, de esforço, de busca da recompensa pelo sacrifício.

Como o trabalhador que cedo se levanta, porque acredita que só assim irá conseguir sobreviver, crescer.

A equipa de Abel sabe sofrer e sabe que o tem de fazer para continuar no lugar principal do Brasileirão.

Verdade que tem operários classificados… Homens como Scarpa (que jogador!), Dudu ou Raphael Veiga têm a qualidade técnica dos artistas que num rasgo pincelam uma obra de arte!

Mas…

Quando é preciso sofrer, solidariamente, todos sofrem!

Quando é preciso morder a língua, esquecem o brilhantismo e fazem-se à vida…como se aquele conjunto proletário não fosse minimamente qualificado… ou como diria o incontornável Jaime Pacheco, ” quando não se pode tocar violino, tocamos bombo.” Depois dos acordes melodiosos dos jogadores citados, no relvado do Ceará ouviram-se bombos alto e em bom som… os bombos de uma equipa solidária, que é a principal candidata ao título pelo seu espírito solidário e abnegada. O triunfo por duas bolas a uma demonstrou a capacidade de trabalho dos homens de Abel, que poderá até não ganhar o Brasileirão… mas ganhou uma verdadeira equipa!