O Prémio Puskas destina-se a premiar o melhor golo marcado durante o ano.
Ontem, na Gala “The Best” realizada em Paris, teve um significado muito especial.
Na verdade, foi atribuído a Marcin Oleski, que há dois anos sofreu a amputação de uma perna, mas que não o impediu de continuar a fazer o que mais ama: jogar futebol.
Quando tinha 23 anos, o jogador sofreu um duro revés na sua vida. Enquanto trabalhava numa empresa de manutenção de estradas, um carro despistou-se e embateu contra ele, esmagando-lhe as pernas. Nada havia a fazer quanto à sua perna esquerda, teria de ser amputada.
Marcin recuperou muito lentamente. Recomeçou a trabalhar, como operário. Passou a levantar-se às 5 da manhã para dar o dia laboral por findo às 15. A partir daí, volta a fazer o que mais gosta: jogar futebol. Até à data do fatídico acidente fora guarda-redes… depois de ter recomeçado, tornou-se avançado.
“A primeira vez que chutei a bola após o acidente foi com o meu filho Tomasz e esse momento fez-me muito feliz. Foi também um ponto de viragem. Comecei a treinar novamente e aproximei-me do futebol amputado”.
Em Novembro de 2022, no jogo entre a sua equipa, o Warta Poznan, e o Stal Rzeszow, recebeu um cruzamento da direita. Voou para a bola à meia-volta, atingindo-a com a perna direita. Bola como um foguete para as malhas. De antologia!
Por esse momento seria nomeado para o Prémio Puskas. Ganharia, batendo Payet e Richarlison autor de um golo à meia-volta no campeonato do mundo. Por essa razão foi galardoado pelo mítico Del Piero.
“Depois do acidente, a minha vida poderia ter tomado uma direcção completamente diferente. Poderia ter corrido mal, mas eu tornei-me mais forte. Sei que posso enfrentar qualquer problema. Foi uma lição para mim e eu sobrevivi a ela. Talvez pareça estúpido, mas sou feliz sem a minha perna e estou feliz com a minha vida.”
Uma lição de vida!