Sílvio Berlusconi, neste momento, encontra-se a combater um grave problema de saúde que o atingiu recentemente.
Mas, nem por isso, deixa de seguir atentamente a campanha do Monza na Série A italiana, que, na sua temporada de estreia no principal escalão do futebol italiano, tem feito um campeonato tranquilo, com alguns resultados dignos de realce como o triunfo sobre a Juventus ou a recente vitória em casa do Inter de Milão.
Porém, para atingir este patamar, tal custou uma verdadeira fortuna ao magnata da comunicação italiana, que adquiriu a equipa brianzola em 2018. Assim, desde essa altura, em nome individual e através da holding Fininvest, sua propriedade, já gastou mais de 192 milhões de euros. Neste valor estão compreendidos os montantes gastos para comprar o clube, na altura no terceiro escalão do futebol do país (2,9 milhões de euros), aumentos e injecção de capital (cerca de 94,1 milhões de euros) e outras despesas na ordem dos 8,6 milhões de euros.
Mesmo assim, o clube tem apresentado contas negativas, já que no último relatório e contas apresentado, foi dado a conhecer uma facturação de 32,7 milhões de euros para despesas na ordem dos 105,5 milhões de euros. Recorde-se que estes dados referem-se a 2022, ano em que o Monza actuou o primeiro semestre na Série B, geradora de menores proventos financeiros. Porém, refira-se que nos cinco anos financeiros sobre a gestão do antigo dono do AC Milan, o clube apresentou uma perda global de 134 milhões de euros, algo de excessivo para quem compete, este ano, pela primeira vez, no principal campeonato do país.
Tais desequilíbrios levaram a que a Fininvest tivesse de intervir a nível financeiro, tendo em conta a necessidade de cerca 59 milhões de euros. Assim, mais de 64 milhões chegaram durante 2022 como pagamentos de capital da referida empresa, com mais 15 milhões como pagamentos de capital em 28 de Março de 2023 (portanto, no exercício financeiro que terminou a 31 de Dezembro de 2023), para um total de 79 milhões. Além disso, a Fininvest está também presente na declaração de rendimentos do clube: de facto, 6,9 milhões em receitas de vendas de publicidade da Digitalia, uma concessionária de publicidade propriedade da empresa Berlusconi, “em condições normais de mercado”, estão incluídos no volume de negócios, de modo a permitir que o clube tenha uma almofada financeira.
Deixamos, aqui, um quadro do quanto foi gasto para levar o clube à posição onde se encontra hoje:
