Será um dos homens mais marcantes deste Mundial, no seu, talvez, último trabalho como técnico!
Mas Van Gaal será mais do que isso!
Será um vencedor, um resistente, que quando morrer o fará com as suas ideias.
E tantas vezes já contactou com a morte!
Como quando teve de deixar a carreira para segundo plano pela sua mulher ter morrido e ter de ser pai e mãe.
Ou, como quando revelou ao mundo, em Abril passado, que houvera lidado com um cancro agressivo da próstata, sem que ninguém soubesse que fora submetido a 25 sessões de radioterapia. Venceria! Batendo o bicho e dando um pontapé a todos os prazos de validade que se lhe poderia augurar, como se todos nós não o tivéssemos.
Quero acreditar que essa história de vida moldou o seu modo de ver o jogo.
Frio, pragmático, mas mesmo assim sem medo de arriscar, como hoje deu a primeira internacional ao guardião Noppert, que ainda há pouco descera à terceira divisão italiana sem jogar.
Ao mesmo tempo de cara fechada! Como se o jogo não fosse a alegria que o fez lançar jovens como Overmars, Finidi, Bergkamp e tantos outros!
A vida dá sempre mais algum tempo, mais alguma oportunidade… aos 71 anos, previsivelmente, Van Gaal não terá o tempo dos jovens treinadores da nova vaga! Mas, ninguém duvide, que um resistente como ele terá sempre um trunfo na manga. Será ele a tirar o sumo mais saboroso de uma laranja que já roçou o título mundial por três vezes?