Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Um Papel Perdido Que Mudou o Jogo…

O desafio que ditou a eliminação da Dinamarca frente à Austrália continua a fazer correr muita tinta…e tudo por causa de um papel!

Com efeito, bastou um tweet na Austrália para a polémica ter sido levantada.

Corria o minuto 69 da partida. O ponta de lança nórdico, Andreas Cornelius, entrava em campo, levando consigo um pedaço de papel. Nele constavam instruções tácticas que visavam que a equipa passasse a actuar com dois pontas de lança e que foram entregues ao capitão Christian Eriksen. Tratou-se, pois, de um momento que, obviamente, as câmaras televisivas prestaram pouca atenção.

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Passados três minutos, uma imagem do banco australiano mostraria a equipa técnica a juntar-se para ler uma espécie de folha. Imediatamente, a equipa da Oceânia alterou a sua táctica, mantendo o resultado que lhe permitia passar aos oitavos de final da prova.

Um espectador presente no estádio, lançou a dúvida: “Estava no estádio, vi tudo. O papel foi entregue por Eriksen a Hojbjerg, que o atirou ao chão. O jogador australiano Duke correu em direcção ao mesmo, pegando nele. Passou-o, imediatamente, ao seleccionador Graham Arnold, que fez aquecer imediatamente Wright”. Agora, como nas histórias de espionagem, nem tudo é claro. Há aqueles que dizem que Wright começou a aquecer cerca de dez minutos antes e aqueles que assinalam que os jogos de futebol são decididos por outras coisas, não por um pedaço de papel roubado em campo, mas o assunto é debatido de forma apaixonada e desencadeia comentários.

Alguém pergunta “mas os dinamarqueses, não poderiam tê-lo colocado entre as suas meias?”, outros perguntam como é que os australianos poderiam ter lido notas em dinamarquês. Tal remeter-nos-á para um velho conhecido do futebol português: Awer Mabil, suplente da selecção australiana e que, para além de ter passado pelo Paços de Ferreira, jogou sete anos na Dinamarca.

A explicação mais fascinante, porém, é outra e põe em causa Andrew Clark, um preparador-físico que trabalhou para a equipa nacional australiana de 2018 a 2022, deixando o cargo há alguns meses porque foi colocado sob contrato pelo FC Copenhaga da Dinamarca. Clark, todavia, reapareceu no Qatar graças a uma licença especial do seu clube, que permitiu assim aos australianos tê-lo com treinador e sobretudo um bom tradutor à sua disposição.

Uma história que dava um filme!