Já se desconfiava…
O Qatar, apesar de todo o dinheiro e ostentação, não é um país do futebol.
Na verdade, hoje após a derrota da sua selecção perante o Senegal e o empate entre as equipas nacionais do Equador e dos Países Baixos, chegou a esperada sentença: não tem nível para estas andanças por muito dinheiro que se gaste, por muitas academias que se construam, por alguns jogadores que se naturalizem como o português Pedro Miguel ou o somali Almoez Ali.
Porém, esperava-se algo de diferente dos qataris. Na verdade, ninguém poderá esquecer o modo surpreendente mas clarividente como a selecção venceu a Taça da Ásia em 2019, numa prova em que bateu duas das surpresas do presente Campeão do Mundo: a Arábia Saudita e o Japão na final da prova. A comprovar a amplitude da surpresa, na altura o Qatar era o 101º classificado do ranking FIFA, sendo que a título de exemplo a Índia estava no 97º posto ou o Uzbequistão no 88º.
Porém, terá sido um fogacho, ainda que na Copa América, do mesmo ano, em que participou na condição de convidado, tenha dado luta perante os adversários, deixando um perfume de bom futebol ainda que temperado com muita ingenuidade. Empataria com o Paraguai, daria luta à Colômbia, desperdiçando muitos golos, para perder pela margem mínima e seria derrotada por duas bolas sem resposta frente à Argentina.
Todavia, na prova organizada em sua casa, faria história pela negativa…
Assim, pela primeira vez, na história dos Mundiais, uma selecção anfitriã está na condição de eliminada à segunda jornada, após as derrotas com o Equador e o Senegal. A comprovar o quão paupérrimo foi o desempenho dos qataris, diga-se que, desde 1930 (altura em que se criou a máxima prova do futebol mundial por selecções), apenas a África do Sul em 2010, na condição de organizadora, não passou a primeira fase… e mesmo assim fez 4 pontos, após ter empatado com Uruguai e vencido a França, na altura vice-campeã mundial. Algo a que os qataris não poderão aspirar!