Em Setúbal, mora uma daquelas figuras que poderia entrar numa obra literária…
Não obstante o seu nome de guerra mais próprio de uma comédia burlesca, Zequinha é, neste momento, muito mais do que isso: é a alma e o símbolo maior de um clube que anseia regressar aos mais altos patamares do futebol nacional, o Vitória FC.
Porém, o jogador, que este ano tem levado os sadinos às costas, será sempre lembrado por um episódio infeliz, irreflectido, próprio da juventude, quando no Mundial sub-20 que disputou em 2007 tirou o cartão vermelho da mão do árbitro para não ser expulso… sê-lo-ia na mesma e terá ficado com um carimbo que poderá ter servido como um obstáculo na evolução da sua carreira.
Porém, fá-la-ia, primeiro sob a asa protectora do FC Porto, para, posteriormente, o abandonar, tentando voar de per si, chegando inclusivamente a actuar na Grécia. De lá, regressaria a casa…ao seu Bonfim, que abandonou rumo ao, então, ascendente Arouca.
De Arouca à Índia foi um salto para as saudades de casa falarem mais alto. Voltaria a casa, ao seu Sado, para representar o clube do seu coração na I Liga.
Porém, fruto dos problemas financeiros que o afligiam, seria despromovido ao Campeonato de Portugal… os sadinos vêr-se-iam na contingência de remodelar a equipa. Mas Zequinha permaneceria junto dos seus. A viver os últimos anos da sua carreira junto dos seus. A ajudá-la a subir à Liga 3, marcando golos, demonstrando que a felicidade é estar onde gostamos de estar e onde somos amados!
Zequinha é, hoje, aos 35 anos a grande esperança do Vitória FC regressar aos grandes palcos…