Estávamos com cinco minutos da segunda parte no jogo que opunha a Nossa Selecção ao Uruguai.
De um momento para o outro, sem que nada o fizesse prever, a partida era interrompida. A razão foi escondida pelas câmaras de televisão, mas seria narrada pelos jornalistas televisivos e eternizada pelos fotográficos.
Assim, um espectador, pleno de coragem, saltara a bancada e entrara dentro do relvado para desfraldar uma bandeira arco-íris, tão do desagrado da FIFA e dos responsáveis qataris. Apesar da intensa perseguição policial conseguiria serpentear durante algum tempo por entre os jogadores, até ser interceptado e levado para o interior do Lusail Stadium.
Conseguiria os seus intentos. Chamar a intenção dos direitos dos homossexuais no meio de 80 mil pessoas, mantendo bem viva a questão das braçadeiras One Love. Entretanto, para aproveitar os riscos vividos, a sua T-Shirt, decorada com o S de Super Homem, tinha impressa uma mensagem a pugnar pela paz na Ucrânia e outra pelo respeito pelas mulheres iranianas
Saber-se-ia, posteriormente, tratar-se de Mario Ferri, conhecido como “Il Falco”, que já invadiu o relvado em vários jogos: uma partida entre o Inter e o Mazembe a contar para o Campeonato de Mundo de clubes, no Campeonato Mundial de 2014 na partida que opôs a Bélgica e os Estados Unidos e em diversos desafios da Série A, geralmente com o Nápoles como interveniente.
Esperemos que a justiça qatari seja compreensiva…