Transparente. Genuíno.
Em Valência, Gennaro Gattuso conseguiu ser apreciado exactamente como é, sem filtros, seja para o bem ou para o mal. O público ama-o não só pela sua história desportiva mas pela forma como cria essa empatia, sendo um dos elementos fundamentais para um ambiente de união existente entre a equipa e a massa adepta valenciana.
Por isso, não será surpreendente o gesto que o treinador protagonizou no Natal. Assim, resolveu pagar dezenas de milhares de euros para dar presentes a todos os empregados do clube. “A vida tem-me dado muito. Gosto de dar presentes, não gosto de receber o que seja”, admitiu Gattuso numa entrevista ao sítio do clube explicando como o Natal tem um encanto especial para ele. “Para mim é uma altura incrível”, acrescentou. “Adoro todos os períodos festivos, mas o Natal acima de tudo porque sempre esperei por presentes do pai, da mãe e de toda a família. É algo que me faz lembrar de quando eu era criança. Na minha casa é muito importante”.
A tradição e as memórias andam de mãos dadas, sendo impossível, não ficar surpreendido quando o técnico volta ao passado e diz: “Lembro-me que éramos muitas pessoas, todos numa pequena casa e todos muito felizes. Um Natal muito simples. Todos preparavam um prato, era uma atmosfera incrível”.
O homem e o desportista são a mesma coisa, não há o perigo de serem duas faces da mesma moeda. Ringhio, como é conhecido, tem apenas uma e está sempre pronto a demonstrá-la, sem subterfúgios.