Como ontem escrevemos, a Juventus, depois da penalização que houvera sofrido de 15 pontos em virtude da utilização de mais-valias fictícias, viu a sua pena aplicada à redução de 10 pontos.
Porém, nas provas europeias, o clube bianconero corre o risco de ser barrado de participar nas competições europeias, mesmo que obtenha a classificação europeia na Série A italiana.
De acordo com o jornal La Gazzetta dello Sport, a decisão da Confederação europeia de futebol é esperada para Junho. Esta poderá incluir também a questão dos salários. A UEFA está, de facto, a levar a cabo a sua própria investigação paralela com todos os documentos judiciais. A investigação italiana mostra que as mais-valias alteraram o jogo e “manipularam” o orçamento, de forma a permitir que o clube obtivesse um parecer favorável quanto ao fair-play financeiro.
A Juve – assim como outros clubes – já chegou a um acordo com a UEFA, que prevê uma penalização mínima (3,5 milhões). O problema é que os problemas que tinha com o balanço poderiam não lhe prever esta possibildade. Além disso, há a agravante das declarações fraudulentas. O “settlement agreement” é celebrado para ajudar os clubes, mas se não for respeitado, ou se as regras forem violadas, as sanções são agravadas.
Existem, pois, duas razões para sancionar a Juve. Em primeiro lugar, há o artigo do regulamento que, em caso de falta de respeito pelas regras comprovado, permite barrar as portas da Europa; além disso, as sanções do fair-play financeiro podem também levar à exclusão do clube. Tudo situações graves, mas que podem ser um pouco suavizadas pela UEFA (como demonstram as recentes sanções “sustentáveis”).
A atitude da UEFA exige, no entanto, cooperação mútua: enquanto a Juve continuar a ser um dos “inimigos” que quer o fim da Liga dos Campeões, em troca da Superliga, não deverão existir espaço para negociações.
Por isso que o emblema bianconero deve esperar qualificar-se para uma taça de qualquer maneira, mesmo que seja a Conferência, a fim de cumprir imediatamente qualquer penalização. A decisão da UEFA é susceptível de recurso em segunda instância e depois para o Tribunal Arbitral do Desporto.
Mas, para já, será ainda uma história com muitos “ses” e condições…