Maurizio Sarri será dos treinadores mais capacitados do futebol europeu.
Com uma filosofia muito própria, apesar da aventura na Juventus (onde venceu o scudetto) ter tido um fim precoce, muito por culpa da eliminação nos oitavos de final da Liga dos Campeões frente ao Lyon, os seus méritos sempre foram reconhecidos. Sarri procura pôr as suas equipas “a jogar à bola”, de forma esteticamente convidativa, sempre com os olhos postos na baliza.
Além disso, é tido como uma pessoa que chegou ao futebol sem ser do meio. Durante muitos anos foi um funcionário bancário de topo, servindo o futebol como escapatória das agruras do dia a dia laboral.
Até que se tornou profissional. E com isso, viciam os desvios de personalidade. Quem poderá esquecer quando, enquanto treinador do Nápoles, mostrou o dedo do meio aos adeptos da Juventus, que circundavam o autocarro da sua equipa? Ou as constantes bocas com os responsáveis bianconeri quando se aprestava para sair do cargo e a permanente dificuldade em aceitar a indemnização proposta pelo clube?
Este fim de semana, Sarri terá ido mais longe. No comando da Lazio nem estará a fazer um trabalho por aí além. Longe do meritório labor que desempenhou em Empoli e que o catapultou para o Nápoles, clube onde conseguiu afrontar o, então, poder monopolista da Vecchia Signora, ofendeu, de modo indigno, os adversários no desafio que opunha a sua equipa ao Hellas Verona. Deste modo, epois do seu jogador Luis Alberto ter sofrido uma falta, não se coibiu de levantar o dedo médio ao banco adversário, num gesto visto por todos aqueles que assistiam ao jogo.
Sarri é um dos treinadores mais apreciados do futebol italiano. Um exemplo para quem ama o jogo. Ficam-lhe mal estas atitudes tão pouco dignas de um treinador que não consegue ser um cavalheiro…