Sinisa Mihajlovic chegaria ao Bologna no início da temporada 2018/19.
Temperamental, apaixonado pelo seu trabalho, desde cedo estabeleceria uma relação de amor intenso com os tifosi rossoblu.
A ponto de, quando foi conhecia a sua doença, uma leucemia, todos os adeptos terem-se mobilizado pela saúde do treinador. Fizeram promessas, peregrinações! Os jogadores, esses, após um triunfo em Brescia por quatro bolas a três, quando ao intervalo perdiam por três bolas a uma, imediatamente correram para o hospital onde este se encontrava internado, para à sua janela dedicarem-lhe cânticos.
Um vínculo de amor inquebrantável que perpetuou Sinisa como treinador do clube, passando a pandemia, quando já estava curado, e mais duas épocas, sendo que na derradeira o monstro da doença voltou a espreitar. Por isso, voltaria à luta pela vida, não orientando a equipa que actua no Renato dall’Ara nos últimos três meses da época.
Regressaria no início da presente temporada, com a esperança de retornar os índices físicos que apresentava antes da maldita doença. Se a saúde, que no fundo, será o que mais importa, aos poucos tem voltado ao normal, os resultados desportivos jamais entraram nos trilhos. O Bologna ainda não conseguiu vencer na Série A na presente época, obtendo três pontos em cinco jogos correspondentes a três empates.
Com os adeptos a questionarem o trabalho do outrora bem-amado, com a família a sentir a necessidade de vir defendê-lo nas redes sociais, a pressão tornar-se-ia, hoje, insustentável. Depois de três anos e meio e com muitas histórias para contar, Miha deixou de ser treinador do Bologna. O amor só é eterno enquanto dura…