Durante o Campeonato do Mundo no Qatar testemunhámos pela primeira vez a realização de substituições por suspeita de lesões na cabeça. Substituições que – de acordo com as regras – não contabilizam para o número total de substituições disponíveis: cinco durante os 90 minutos de jogo e seis no caso do jogo continuar em tempo extra.
O primeiro caso envolveu o guarda-redes do Irão, Beiranvand, no jogo contra a Inglaterra. O guarda-redes saiu depois de se perceber que não podia continuar e a mudança foi feita aproveitando a nova regra.
Por isso, vem, agora, da Inglaterra uma proposta que permitirá a realização de substituições para suspeitas de concussões também na Premier League.
Como noticiado pelo jornal inglês The Guardian, as entidades futebolísticas inglesas pretendem instituir esta norma. Contudo, caberá ao International Board, o organismo que decide sobre a introdução ou alterações das regras do futebol, a hipótese de permitir uma substituição por suspeita de concussão numa base temporária, já na próxima época.
Em suma, uma versão actualizada e menos invasiva do que vimos no Campeonato do Mundo que permitiria a um jogador, obviamente, após receber luz verde do pessoal médico da sua equipa, reentrar no campo depois de ser substituído por alguns minutos por um colega de equipa.
Pelo que emerge dos clubes ingleses, os médicos afirmam que a introdução de substituições temporárias eliminaria a pressão trazida pelo processo de tomada de decisão, permitindo que os testes fossem realizados no jogador lesionado fora do campo. Se eventualmente se descobrir que o jogador em questão possa ter sofrido uma concussão, a substituição temporária tornar-se-ia permanente.
A Premier League espera uma resposta até à Primavera de 2023 a um pedido apresentado conjuntamente com a MLS nos Estados Unidos e a Ligue 1 francesa.
Evolução no futebol?