Falemos de sonhos…
Ou melhor da possibilidade de os transformar em realidade através de um jogo de futebol! Num Campeonato Mundial! Ainda para mais num desafio entre Gales e Estados Unidos… provavelmente, aquele desafio de onde não sairão candidatos ao título.
Primeiro seria um jogador norte-americano a realizar o seu…e o do seu pai! O nome Weah, diz alguma coisa? Lendário ponta de lança dos anos 90 do século passado, altura em que brilhou ao serviço do Monaco, PSG, Milan ou Chelsea. Porém, o actual presidente da Libéria, jamais conseguiria cumprir o sonho de levar o seu país a um Campeonato Mundial. Ídolo maior de uma nação, fruto da globalização que torna o mundo uma aldeia, teria um filho nos Estados Unidos. Aquele filho que ele, numa vetusta entrevista referiu que considerava estranho ir para a escola sem um motorista, ao contrário dele que nas ruas poeirentas de Monróvia corria descalço rumo à escola. Timothy seria norte-americano e hoje, graças a uma assistência de Pulisic, também ele nascido nos Estados Unidos mas com raízes bem longínquas (neste caso na Sérvia), cumpriria aquele sonho que o seu pai nunca teve possibilidades de tornar real…marcar um golo pelo seu país, levar o seu povo ao êxtase máximo da alegria!
Teria a resposta de um velho caminhante. Aquele que muito fez para que o País de Gales voltasse à máxima prova do futebol mundial passados 64 anos. Bale fez a história do futebol do seu país nos últimos anos! A história deste, depois da partida de Giggs, confunde-se com o antigo jogador do Real Madrid. Sonharia, tantas vezes com este momento… bem como os seus compatriotas que nos arrepiaram a todos enquanto entoavam o “Hen Wlad Fy Nhadau, o hino do país. Depois de um jogo difícil teria a oportunidade de uma vida. Após ganhar, de modo matreiro, uma grande penalidade, não poderia ser outro a batê-lo. Pelo que fez por o futebol do país nos últimos 15 anos. Porque, provavelmente, sem ele, Gales não teria os últimos 6 anos cheios de história, onde chegou às meias-finais do Campeonato Europeu de 2016, fazendo-o sentar-se ao lado de John Charles, o gigante que carregou o país aos ombros no Mundial da Suécia em 1958.
Há dúvidas que o Mundial é o local indicado para tornar sonhos em realidade?