O Esteghlal FC, orientado por Ricardo Sá Pinto, venceu a Supertaça Iraniana, na passada Quarta-feira, ao derrotar o FC Nassaji Mazandaran (1-0).
Mas não foi o resultado ou o jogo em si que pôs as pessoas a falar. Os membros da equipa mostraram o seu apoio aos protestos que têm vindo a assolar o país há mais de um mês após a morte de Mahsa Amini. Na cerimónia, o capitão Hossein Hosseini levantou o troféu por apenas alguns segundos, e depois disso nada… Sem celebrações, sem gritos de alegria, em apoio ao movimento de revolta no país.
O presidente do clube, Ali Fathollahzadeh, confirmou que esta atitude foi voluntária e premeditada. “Não vamos celebrar, não estamos felizes”. O defesa Aref Gholami também quis manifestar a sua posição, ao dizer que a equipa agiu “em solidariedade com todas as famílias no Irão que estão de luto”.
Por fim, Sá Pinto, apesar de feliz por ter vencido o troféu, assumiu que “”Sou um estrangeiro neste país e não viram festejos efusivos. Queríamos estar mais felizes, mas as circunstâncias do país não são felizes. Dedico esta vitória às mulheres e homens do Irão que estão a sofrer. Espero que tenham a felicidade que merecem porque amo este povo e isso é mais importante do que o futebol”.