Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Queda do Credit Suisse (Também) Abala o Desporto…

O colapso do Credit Suisse, para além de atingir milhões de depósitos e de colocar os mercados financeiros europeus em pânico, pode também afectar o desporto suíço, que sempre foi apoiado pela instituição de crédito.

Desde logo, a Superliga Suíça, o principal escalão do país. Esta possui um acordo com o banco, válido até 2025 e quem de acordo com o jornal suíço de língua alemã Blick, encontra-se avaliado em 32 milhões de francos (32,2 milhões de euros à taxa de câmbio actual). Mas os recursos garantidos ao futebol suíço não terminam aí, com o Credit Suisse a pagar cerca de 5 milhões de euros por época aos cofres da federação suíça, a SFA, que depois servem para financiar as equipas masculinas, femininas e jovens da federação helvética.

Contudo, há mais. Na verdade, a instituição tem na sua carteira vários acordos com muitos desportistas, sobretudo Roger Federer, e colaborações com outros desportos que podem agora chegar ao fim se o banco não for salvo.

O colapso do banco também deverá comprometer a corrida da Suíça à organização do Campeonato Europeu de Futebol Feminino de 2025. Acrescente-se que o último passo dado no futebol pela entidade bancária foi o acordo para ter o direito ao nome do novo estádio em Zurique, que será construído nos próximos anos, embora a data ainda não seja conhecida. Porém, o Credit Suisse já houvera assinado um acordo para ter o seu nome anexado à nova instalação durante 10 anos a um custo de cerca de 30 milhões de euros.

Como mencionado, o Credit Suisse não só tem o futebol nos seus acordos, mas também personalidades como Roger Federer, um dos desportistas mais bem sucedidos da história e uma figura pública que carregou as cores da Suíça em todo o mundo. De acordo com rumores, o campeão de ténis, que se reformou em Setembro de 2022, vangloriou-se de um acordo de cerca de 10 milhões de euros por ano antes de pendurar a sua raquete. Mesmo depois disso, permaneceu vigente, já que imagem de Federer, com o logotipo da instituição ao lado, continua a saudar as pessoas no aeroporto de Kloten e em noutros locais. Além disso, a ligação com Federer também levou o banco a patrocinar a Laver Cup, criada pelo antigo desportista.

O Credit Suisse também apoiou futuros atletas suíços, tendo um papel fulcral na Fundação Suíça de Ajuda ao Desporto. Outros desportos apoiados por si foram o golfe, patrocinando o grande evento Omega European Masters em Crans-Montana. Finalmente, apostou nb equitação, sendo o Credit Suisse um dos principais patrocinadores do CHI Genebra e apoiante das corridas de cavalos White Turf em St. Moritz desde 1976.

Uma hecatombe que, também, envolve o desporto…